O ministro Edson Fachin tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 29 de setembro de 2025, marcando o começo de um novo ciclo no comando da Corte mais alta do Brasil. Fachin sucede Luís Roberto Barroso e terá o ministro Alexandre de Moraes como vice-presidente durante seu mandato de dois anos[2][4].

A posse de Fachin ocorre em um momento delicado para o STF, que vive sob forte escrutínio nacional e internacional, além de ser pressionado por temas cruciais e de grande impacto social e político. Entre os assuntos que o novo presidente terá de gerir estão a conclusão dos julgamentos relacionados à tentativa de golpe de 8 de janeiro e decisões sobre regulações importantes, como o trabalho por aplicativos e a execução das chamadas emendas parlamentares Pix[3].

Diferente de seus antecessores, Fachin optou por uma cerimônia de posse modesta, recusando a tradicional festa bancadas por associações de magistrados, reforçando o espírito de austeridade e a visão de priorizar o funcionamento coletivo e institucional do tribunal. Logo ao assumir, já anunciou a intenção de cortar gastos e fortalecer decisões tomadas em conjunto, em vez da condução individualizada do Judiciário[1].

Além disso, o STF sob sua presidência se prepara para julgamentos que prometem repercussão significativa, como a ação sobre a relação entre motoristas de aplicativos e as plataformas digitais, além do debate acerca da redução de área de proteção ambiental no Pará para a construção de uma ferrovia. Fachin também terá um papel fundamental durante o período das eleições gerais de 2026, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estará sob outro comando, mas o STF manterá papel decisivo sobre temas jurídicos e eleitorais sensíveis[2][3].

A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos presidentes da Câmara e do Senado, além de outras autoridades. Fachin assume a presidência com o compromisso de devolver ao STF a imagem de institucionalidade e normalidade após períodos de intenso confronto político[4].

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