O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador oficial da inflação no Brasil, apresenta sinais de desaceleração em 2025, refletindo um cenário econômico desafiador e políticas do Banco Central para controlar os preços. Segundo dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15, prévia da inflação, subiu apenas 0,13% em setembro, índice abaixo das expectativas do mercado, que previa alta de 0,30%[1]. Observa-se uma redução na inflação acumulada em 12 meses, que passou de 4,35% em agosto para 4,12% em setembro, mantendo-se dentro da margem de tolerância da meta definida para 2024, que é de 3,0% com variação permitida de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos[1].
Este alívio inflacionário foi impulsionado pelo setor de Transportes, que registrou queda de 0,08% em setembro, principalmente devido à baixa no preço da gasolina (-0,66%) e do etanol. Essa diminuição compensou o aumento nos preços da energia, demonstrando dinâmicas distintas dentro dos grupos pesquisados[1]. A deflação, ou queda generalizada de preços, também foi observada em agosto de 2025, quando o IPCA registrou queda de 0,11%, a primeira deflação desde agosto de 2024, acumulando uma inflação de 5,13% nos últimos 12 meses e 3,15% no ano[3]. Esse resultado ficou um pouco acima da expectativa do mercado, que esperava uma queda um pouco maior de 0,15% naquele mês[3].
Ao longo de 2025, o IPCA acumula uma alta de aproximadamente 2,99%, indicando que a inflação está moderada, ainda que o índice dos últimos 12 meses — de 5,35% — esteja acima da meta, criando algum nível de preocupação para o Banco Central. Os aumentos em 8 dos 9 grupos que compõem o índice, com destaque para o grupo Habitação (+0,99%), justificam essa trajetória mais alta da inflação acumulada[5].
O desempenho do IPCA é acompanhado de perto porque influencia diretamente as decisões de política monetária e os reajustes de preços e salários no país. O Banco Central monitora esses indicadores para ajustar a taxa básica de juros e conter a inflação, que impacta o poder de compra das famílias brasileiras e a estabilidade econômica.
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