O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, no dia 4 de setembro de 2025, o programa **Gás do Povo**, uma ação ambiciosa que visa fornecer botijões de gás de cozinha gratuitamente a cerca de **15,5 milhões de famílias**, beneficiando aproximadamente **50 milhões de pessoas** em todo o Brasil. A iniciativa foi anunciada durante um evento no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (MG), e representa uma ampliação significativa do atual Auxílio Gás, triplicando o número de famílias favorecidas pelo benefício[1][2][3].
O **Programa Gás do Povo** é uma resposta direta à pobreza energética e tem como objetivo aliviar o orçamento das famílias de baixa renda, garantindo acesso ao gás de cozinha — uma necessidade básica que, muitas vezes, é inacessível devido ao seu custo. Com a gratuidade do botijão, o governo também busca combater os impactos nocivos da queima de lenha, álcool e outros materiais inflamáveis e tóxicos, amplamente utilizados em aproximadamente 5 milhões de famílias que enfrentam dificuldades para adquirir gás de cozinha. Essa substituição é fundamental para reduzir doenças respiratórias e melhorar a qualidade de vida, especialmente de mulheres, e para diminuir a pressão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS)[1][2][3].
Diferentemente do Auxílio Gás, que repassava dinheiro para as famílias comprarem o botijão, o novo programa fará a **distribuição direta dos botijões em revendedoras credenciadas pelo governo**, garantindo maior eficiência, transparência e controle da política pública. O beneficiário poderá retirar seu botijão nas lojas autorizadas, que terão identidade visual padronizada, e também poderá optar por receber o botijão em casa, arcando apenas com o custo do frete. Além disso, o acesso ao benefício será facilitado por meio de um aplicativo oficial do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, por cartões específicos — como o do Bolsa Família — ou pela retirada do vale impresso em agências da Caixa Econômica Federal e lotéricas[4].
O programa será custeado integralmente com recursos públicos, com investimento previsto de R$ 3,57 bilhões para 2025 e estimativa de R$ 5,1 bilhões para 2026, conforme previsto na Lei Orçamentária Anual. A distribuição dos botijões deve ter início a partir de 30 de outubro deste ano, com o programa em fase de implementação gradual até março de 2026[2][3].
Além de garantir **justiça social e segurança alimentar**, o Gás do Povo reforça o compromisso do Brasil com a Agenda 2030 da ONU, alinhando-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 7), que prevê acesso universal a tecnologias limpas de cocção. O programa também destaca o papel do Brasil nas discussões internacionais sobre transição energética justa, incluindo fóruns como G20 e BRICS[2].
Este é, portanto, um avanço histórico na política pública brasileira para a população de baixa renda, unindo saúde pública, proteção ambiental e inclusão social.
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