O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, manteve as taxas de juros no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano pela quinta reunião consecutiva em julho de 2025, decisão que surpreendeu parte do mercado financeiro, mas que já estava alinhada com expectativas devido à inflação ainda elevada e um mercado de trabalho sólido[1][7]. A autoridade monetária americana destaca que a atividade econômica se moderou na primeira metade do ano, porém o desemprego permanece baixo e as condições do mercado de trabalho continuam robustas, o que tem pesado na manutenção dos juros em patamares relativamente altos[1][3].

Essa decisão ocorre apesar da pressão constante do então presidente dos EUA por cortes mais expressivos nas taxas básicas para estimular a economia, especialmente diante do impacto das tarifas comerciais impostas que elevam a incerteza econômica e incentivam o Fed à cautela[1][3]. As reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) sinalizam que futuras revisões na política monetária dependerão dos dados econômicos que chegam, com atenção especial para os índices de inflação e as tendências do mercado de trabalho[6][7].

Ao longo de 2025, o Fed já havia promovido alguns cortes moderados nas taxas, reduzindo o custo do dinheiro para cerca de 4%, mas depois optou por uma pausa na flexibilização, ajustando suas previsões para um período mais longo de juros elevados do que o inicialmente estimado[2][4]. Uma das autoridades do Fed indicou recentemente a possibilidade de até três cortes de juros ainda em 2025, baseando-se em dados recentes que mostram uma desaceleração na criação de empregos, sugerindo uma diminuição na demanda por mão de obra[5]. No entanto, a postura oficial do banco central segue sendo a de observar cuidadosamente o cenário antes de realizar ajustes significativos.

Essa estabilidade dos juros americanos impacta diretamente o cenário econômico brasileiro, pois a taxa de juros dos EUA influencia a necessidade de manutenção de uma taxa básica de juros brasileira (Selic) mais alta para conter pressões inflacionárias e estabilizar o câmbio[1]. Portanto, as decisões do Fed são acompanhadas de perto por economistas e investidores internacionais.

Em resumo, o cenário monetário americano permanece de cautela em 2025, com o Fed buscando equilibrar o controle da inflação e o suporte à empregabilidade, em meio a um ambiente de incertezas econômicas globais e pressões políticas internas.

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