Marrocos vive um momento de grande importância econômica e social em 2025, destacando-se não apenas pela recuperação e crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB), mas também por avanços significativos em projetos estratégicos e desafios recentes enfrentados pelo país.
Segundo dados oficiais, a economia marroquina registrou uma expansão notável de **4,8% no primeiro trimestre de 2025** em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando as expectativas que indicavam cerca de 3,6%. Este crescimento robusto é resultado da recuperação do setor agrícola graças a condições climáticas mais favoráveis, além da alta performance dos setores não agrícolas, como indústria, construção civil, manufatura, energia elétrica e água, com destaque para a construção, que cresceu 6,3% neste período[2][4][6].
Além do crescimento econômico, Marrocos está investindo pesado em projetos inovadores para o futuro energético. Recentemente, o governo aprovou grandes investimentos da ordem de **US$ 32,5 bilhões em projetos de hidrogênio verde**, posicionando o país como protagonista no setor de energia limpa e na produção sustentável de amônia, aço e combustíveis. Empresas globais de energia de diferentes países, como Ortus (EUA), Acciona (Espanha), Acwa Power (Arábia Saudita), entre outras, lideram essa iniciativa que pretende aumentar a capacidade de energia renovável marroquina para 52% até 2030, além de preparar o país para ser um fornecedor importante de hidrogênio para a União Europeia[7].
No plano internacional e infraestrutura, Marrocos também está em negociações para ampliar sua conexão elétrica com a Europa, através de uma possível ligação com Portugal. Contatos preliminares foram confirmados recentemente, refletindo o interesse de ambos os países em integrar suas redes energéticas, o que contribuirá para maior segurança energética e cooperação regional[3].
Entretanto, o país ainda enfrenta desafios sérios. A tragédia provocada pelo terremoto que atingiu Marrocos no ano anterior deixou cerca de 3 mil mortos e destruiu cerca de 50 mil edifícios, especialmente em áreas históricas e aldeias rurais, o que levou o governo a anunciar um plano emergencial de ajuda com recursos financeiros para as famílias afetadas, na ordem de aproximadamente 2.750 euros por família para auxílio na reconstrução e suporte básico[1].
O cenário macroeconômico para os próximos anos continua positivo, com previsões de crescimento do PIB em torno de 3,5% a 4%, inflação controlada e políticas focadas em uma consolidação fiscal gradual. No entanto, problemas como o aumento populacional e a criação insuficiente de empregos, especialmente em áreas urbanas, ainda representam desafios para um crescimento mais inclusivo e sustentável no médio prazo[2][8].
Marrocos mostra assim uma trajetória promissora e desafiadora, combinando recuperação econômica, investimentos em energia verde e reconstrução social, ao mesmo tempo em que busca integrar-se mais fortemente em cadeias globais e ampliar sua infraestrutura.
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