Morreu nesta terça-feira (26/8), no Dia Municipal do Carimbó, Mestre Damasceno, ícone da cultura paraense e símbolo da resistência cultural do Marajó. Damasceno Gregório dos Santos, aos 71 anos, perdeu a batalha contra um câncer com metástase nos pulmões, fígado e rins, estando internado em Belém desde junho deste ano. O Governo do Pará decretou luto oficial de três dias em sua memória, reconhecendo a importância imensurável de sua obra para a cultura do estado e do Brasil[2][4][6].

Mestre Damasceno foi o grande mestre do carimbó e criador do Búfalo-Bumbá de Salvaterra, manifestação junina que tem como figura central o búfalo marajoara, um folguedo derivado do auto do boi. Ele acumulava mais de 400 composições autorais, entre toadas, sambas, marchinhas e poesias orais, sendo um dos principais responsáveis pela preservação e renovação das tradições culturais do arquipélago do Marajó[1][3][5].

Nascido em 1954 na comunidade quilombola de Salvá, no município de Salvaterra, Damasceno perdeu a visão aos 19 anos em um acidente, fato que não o impediu de se tornar um dos maiores nomes da cultura popular amazônica. Fundou o Conjunto de Carimbó Nativos Marajoara e criou o espetáculo Búfalo-Bumbá, que celebra a riqueza cultural da região envolvendo teatro popular, música e elementos indígenas e afro-brasileiros. Seu trabalho foi reconhecido oficialmente: em 2023 sua obra foi declarada patrimônio cultural imaterial do Estado do Pará, e em 2025 recebeu a Ordem do Mérito Cultural, a maior honraria da cultura brasileira, entregue em cerimônia solene no Rio de Janeiro[1][3][5].

Além disso, Mestre Damasceno teve participação fundamental no carnaval brasileiro ao colaborar na composição do samba-enredo campeão da escola Grande Rio em 2025, que teve como tema as águas e encantos da região amazônica[2].

A influência cultural de Mestre Damasceno se estende às múltiplas gerações, que receberão seu legado por meio da perpetuação das tradições do carimbó, do Búfalo-Bumbá e da poesia oral marajoara. Sua luta incansável contra as adversidades, como a cegueira e a doença, inspirou muitos artistas e preservou a riqueza da cultura amazônica.

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