O Brasil é destaque em 2025 no cenário global por sua expressiva população milionária, alcançando a marca de **433 mil milionários**, segundo o relatório Global Wealth Report do banco suíço UBS. O país ocupa a 19ª posição mundial e lidera a América Latina em quantidade de pessoas com patrimônio superior a um milhão de dólares. Esse crescimento reflete principalmente a valorização dos imóveis e o desempenho positivo do mercado financeiro nacional[1].

No entanto, o panorama de riqueza brasileira apresenta outra face importante: o país enfrenta uma **fuga significativa de milionários** em 2025. A consultoria Henley & Partners estima que cerca de **1.200 milionários deixarão o território nacional este ano**, levando consigo aproximadamente **US$ 8,4 bilhões em patrimônio**. Essa saída líquida posiciona o Brasil como o 6º maior exportador de milionários do mundo, sendo o líder entre os países latino-americanos no quesito êxodo de riqueza[2][3].

Os principais destinos escolhidos pelos milionários brasileiros são os Estados Unidos — especialmente a Flórida —, Portugal, Ilhas Cayman, Panamá e Costa Rica. Esses locais são preferidos por oferecerem maior segurança, estabilidade política, vantagens fiscais e melhor qualidade de vida. A tendência tem sido impulsionada por programas que facilitam a residência em troca de investimentos, como o “visto dourado” em alguns países, atraindo investidores globais[2][3][5].

Esse fenômeno mostra que indivíduos com alto patrimônio tendem a sair de países onde percebem insegurança econômica, política ou jurídica. O movimento é preocupante para a economia brasileira, já que representa não apenas a perda de capital financeiro, mas também de empreendedorismo e potencial de investimento local[2][4].

Ainda que o Brasil registre mais milionários, a concentração de riqueza é muito desigual. O país apresenta um dos índices de desigualdade patrimonial mais elevados do mundo, com um índice de Gini de 0,82 — indicando uma forte concentração nestes grupos de maior patrimônio, enquanto a massa da população permanece com baixos níveis de riqueza[1].

Portanto, o Brasil em 2025 enfrenta o paradoxo de crescimento do número de milionários, enquanto esses mesmos milionários migram para fora do país, refletindo desafios estruturais complexos que precisam ser enfrentados para promover maior estabilidade e retenção dessa camada essencial para o desenvolvimento econômico.

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