O ministro Edson Fachin foi eleito presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2025, e deve tomar posse no dia 29 de setembro, assumindo o cargo pelos próximos dois anos. O ministro Alexandre de Moraes foi eleito vice-presidente da Corte, completando a nova direção do STF que sucederá Luís Roberto Barroso no comando da instituição[1][3][4].

A eleição ocorreu de forma simbólica no plenário do tribunal, e Fachin recebeu 10 votos dos 11 possíveis, não votando em si mesmo, conforme a tradição. A escolha seguiu o critério de antiguidade: o ministro mais antigo que ainda não presidiu o STF assume a presidência, e o segundo ministro mais antigo se torna vice[1][3][4].

Edson Fachin está no STF desde junho de 2015 e possui uma carreira acadêmica sólida, sendo doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com pós-doutorado no Canadá e autor de diversos livros e artigos[3]. Durante sua trajetória no Supremo, Fachin se destacou por relatar processos de grande relevância social, como a ADPF das Favelas, que discutiu a violência policial no Rio de Janeiro, a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas, além de processos ligados à Operação Lava Jato e à validade do inquérito das fake news[2].

Os colegas de tribunal destacam Fachin como um ministro sério, culto, prudente e institucional. Diferente do seu antecessor, Luís Roberto Barroso, que é mais midiático, Fachin tem um perfil mais discreto, preocupado em fortalecer a colegialidade e o diálogo dentro da Corte[5]. Ao aceitar a presidência, Fachin afirmou que assumirá o cargo com “o sentido de missão e com a consciência de um dever a cumprir”. Já Alexandre de Moraes declarou sentir honra e alegria por ser novamente vice-presidente ao lado de Fachin, com quem já trabalhou no Tribunal Superior Eleitoral[1][3][5].

Como presidente do STF, Fachin também comandará o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável pela fiscalização do Poder Judiciário, papel que reforça sua relevância no cenário jurídico e político brasileiro[5].

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