A sensação térmica é a forma como o corpo humano realmente percebe o frio ou o calor, e nem sempre corresponde à temperatura real registrada pelos termômetros. Esse conceito meteorológico leva em conta fatores como temperatura do ar, velocidade do vento, umidade e radiação solar para indicar a “temperatura aparente” sentida pela pele, podendo causar uma diferença significativa entre o que é medido e o que se sente de fato[1][3][6].
No contexto climático, a sensação térmica tem grande importância, pois influencia o conforto e a saúde das pessoas. Em dias muito frios, por exemplo, ventos fortes podem aumentar a sensação de frio — fenômeno conhecido como “wind chill” —, enquanto em dias quentes, a alta umidade dificulta a evaporação do suor, elevando a sensação de calor e aumentando o risco de problemas como a insolação e o choque térmico[2][6].
O cálculo da sensação térmica não possui uma fórmula única ou consenso entre meteorologistas, pois há múltiplos métodos que consideram diferentes variáveis ambientais e respostas fisiológicas do corpo humano. Um dos índices mais adotados no Brasil é o UCTI (Índice Climático Térmico Universal), desenvolvido pela Organização Meteorológica Mundial e aplicado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)[1]. Essa ferramenta considera o metabolismo humano padrão e analisa como a temperatura, umidade, vento e radiação solar afetam a percepção térmica.
Além disso, fatores como a umidade relativa do ar podem aumentar o desconforto tanto em temperaturas frias quanto quentes, ao influenciar diretamente a sensação térmica. Por exemplo, em situações de ondas de calor, altas temperaturas combinadas com alta umidade podem fazer o corpo sentir até mais calor do que a temperatura real, devido à dificuldade do suor em evaporar e resfriar o corpo[6].
A sensação térmica também tem um efeito direto sobre o organismo. Quando a temperatura do corpo ultrapassa os 40°C, há risco grave à saúde humana, exigindo medidas como procurar ambientes frescos e hidratação adequada. Em baixas temperaturas, a sensação aumentada de frio pode levar à hipotermia[6].
Compreender a sensação térmica é fundamental para o planejamento de atividades diárias, esportivas e de saúde pública, especialmente em épocas de mudanças bruscas de temperatura ou eventos climáticos extremos.
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