O senador Romário (PL-RJ) tem sido uma figura central na polêmica em torno do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos dias, ele enfrentou forte pressão para assinar o pedido de afastamento do ministro, que ganhou apoio de 41 senadores, número suficiente para iniciar formalmente o processo no Senado. Contudo, Romário permanece indeciso e resistiu a aderir a essa mobilização liderada pela oposição e bolsonaristas, incluindo cobranças públicas de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do pastor Silas Malafaia[1][2][3].

Romário nega ter rompido com Bolsonaro e afirma que sua relação com o PL permanece firme, ressaltando que segue comprometido com pautas como esporte, saúde, inclusão e defesa das pessoas com deficiência. Ele declarou ainda que não deve “nada a ninguém” e criticou as “mentiras” e a pressão sofrida, principalmente nas redes sociais e também direcionada a seus familiares. O senador frisou que não utiliza suas redes para intrigas políticas, mostrando uma postura de independência diante das cobranças para votar pelo impeachment[1][2][7].

O processo de impeachment de um ministro do STF é complexo e regulado pela Lei 1.079/1950, que prevê várias etapas, desde o protocolo do pedido na Mesa Diretora do Senado até a votação final, que exige 54 votos para a cassação definitiva. Embora a oposição tenha conquistado uma maioria simples para tentar abrir o processo, a decisão final cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que já sinalizou não pretender pautar o tema, o que mantém o imbróglio político em suspenso[3].

A insistência para que Romário assine o pedido reflete o clima intenso da disputa política atual, onde a ala bolsonarista tenta ampliar a pressão sobre ministros do STF considerados adversários. No entanto, Romário parece optar por um caminho de cautela, evitando se comprometer com uma votação que ainda exige um consenso maior. A tensão destaca a influência do senador não apenas por seu histórico no esporte e na política, mas pela sua atual posição decisiva nesse cenário conturbado[1][2][5].

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