O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou presença na Neo Química Arena na noite de quarta-feira (30), para acompanhar o clássico Corinthians x Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2025. O que chamou mais atenção do público e da imprensa, porém, não foi apenas a disputa acirrada dentro do campo, mas o comportamento do ministro nas arquibancadas e camarotes do estádio, em um contexto de grande polêmica internacional.
Horas antes da partida, Alexandre de Moraes foi incluído na lista de sanções do governo dos Estados Unidos, por meio da Lei Magnitsky — uma legislação que permite a imposição de medidas contra estrangeiros acusados de graves violações de direitos humanos ou corrupção. Entre as penalidades aplicadas, estão o congelamento de bens nos EUA e a proibição de transações comerciais ou entrada no país, gerando um cenário de tensão diplomática entre os Poderes Judiciário brasileiro e o governo americano.
Apesar da grave situação, Moraes apareceu no estádio sorridente e de mãos dadas com a esposa, Viviane Barci de Moraes, demonstrando descontração. Acompanhou a vitória por 1 a 0 do Corinthians, seu time de coração, junto com o presidente interino do clube, Osmar Stábile. Ao ser cumprimentado por torcedores dentro da arena, o ministro respondeu ao grito da torcida: “Vai Corinthians!”, arrancando manifestações calorosas.
No entanto, o momento mais comentado foi quando Alexandre de Moraes, em meio ao público, fez um gesto obsceno — o famoso “dedo do meio” — que viralizou rapidamente nas redes sociais. O gesto foi interpretado como uma resposta irreverente às sanções e às críticas feitas pelo governo dos EUA. A reação dividiu opiniões e gerou memes na internet, tornando-se um símbolo da disputa política que envolve o país.
Durante a transmissão do jogo no Amazon Prime, o narrador Galvão Bueno não deixou de comentar: “Aí você vai vendo a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que está envolvido em toda essa conversa, essa disputa com o governo dos Estados Unidos. Mas isso é política. Ele está ali como torcedor. Tem todo o direito de estar ali como torcedor.”
Autoridades brasileiras, incluindo o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e outros representantes do governo federal, manifestaram solidariedade a Moraes diante das sanções, classificando-as como “inaceitável interferência” na Justiça brasileira. O ministro, até o momento, não comentou publicamente a sanção.
Este episódio reforça a complexidade da atual conjuntura política e jurídica no Brasil, onde o esporte, a diplomacia e o judiciário se cruzam em situações de alta repercussão nacional e internacional.
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