O deputado federal **Hélio Lopes (PL-RJ)** voltou a ser destaque nesta semana após protagonizar um protesto solitário na Praça dos Três Poderes, em Brasília, como forma de manifestação contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) referentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Conhecido por sua trajetória como aliado próximo de Bolsonaro, Lopes iniciou o protesto na tarde da sexta-feira (25), usando uma camiseta com a bandeira de Israel e com um esparadrapo cobrindo a boca, símbolo do que chamou de “jejum de palavras” em sinal de luto democrático e resistência ao que considera censura política[1][3].
A manifestação, no entanto, foi interrompida por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), determinou a remoção imediata do deputado da Praça dos Três Poderes, além da proibição de outros parlamentares permanecerem acampados no local[1][3]. A Polícia Federal cumpriu a determinação na madrugada de sábado (26), intensificando ainda mais a tensão política no país em meio às investigações e processos envolvendo lideranças da oposição[3].
Hélio Lopes tem uma história política marcada pela ascensão rápida dentro do cenário eleitoral do Rio de Janeiro. Ele foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2018, quando recebeu 345.234 votos, o que o tornou o candidato mais votado no estado naquele ano, além de ser o candidato de ascendência africana com maior votação tanto no Rio quanto em todo o Brasil. Em 2022, reeleito pelo Partido Liberal (PL), alcançou novamente uma votação expressiva, reafirmando sua influência[2][4].
Além do seu papel como parlamentar, Lopes é conhecido por sua militância política e por presidir o grupo “PL Integração”, que busca dar voz à população preta alinhada à direita política. Seu histórico de filiações partidárias inclui PSL, União Brasil e, atualmente, o PL, partido pelo qual acompanha Jair Bolsonaro em sua trajetória[4][6].
No Congresso Nacional, Hélio Lopes tem atuado em diversas frentes, inclusive defendendo aumento de penas para crimes relacionados ao abandono de idosos e pessoas com deficiência, revelando seu engajamento em pautas sociais[5]. Ele também acumula experiência como militar e já foi agraciado com o Grau de Grande-Oficial da Ordem do Rio Branco, condecoração concedida pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo[4].
O episódio recente do acampamento diante do STF, marcado pelo silêncio simbólico e o protesto pacífico, reflete uma fase de acirramento político no Brasil, com manifestações intensas entre apoiadores da oposição e as instituições públicas, em especial a Corte Suprema. A decisão de retirar Lopes do local e proibir novas manifestações na Praça marca o aumento do rigor do STF para conter episódios que possam ameaçar a ordem democrática e o funcionamento das instituições[1][3].
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