## Ian Watkins, ex-vocal do Lostprophets, morre após ataque em prisão de segurança máxima
**Ian Watkins**, o ex-vocalista da banda galesa **Lostprophets** e um dos casos mais chocantes de crimes sexuais do Reino Unido, foi morto na madrugada deste sábado, 11 de outubro de 2025, após um ataque brutal dentro da prisão de segurança máxima de HM Prison Wakefield, no Reino Unido. As primeiras informações indicam que Watkins foi esfaqueado e não resistiu aos ferimentos, sendo declarado morto no local. Dois outros detentos, de 25 e 43 anos, já foram presos sob suspeita de assassinato[3].
Watkins, nascido em 30 de julho de 1977 no País de Gales, alcançou fama internacional como frontman do Lostprophets, banda que fez sucesso nos anos 2000 com hits como “Last Train Home”. No entanto, sua história foi marcada por uma impressionante queda: em 2013, ele foi condenado a 35 anos de prisão depois de admitir crimes sexualmente violentos contra crianças, incluindo a tentativa de abuso de um bebê, além de posse e produção de material pornográfico infantil[3]. Seu caso chocou o mundo e destruiu a imagem da banda, que encerrou as atividades logo após o escândalo.
### Vida atrás das grades: violência, humilhações e “fãs” inesperados
Mesmo na prisão, Ian Watkins permaneceu no centro de controvérsias. Em agosto de 2023, ele já havia sido vítima de um ataque brutal em Wakefield, quando três detentos o sequestraram, agrediram e esfaquearam com um objeto pontiagudo – segundo relatos, uma escova de vaso sanitário afiada – em uma suposta retaliação por uma dívida de drogas de 900 libras[2][3]. Ele sobreviveu àquela ocasião, mas a violência continuou presente em sua rotina. Relatos indicam que Watkins “comprava proteção e amizades” dos outros presos por meio de transferências bancárias intermediadas por familiares e associados, além de utilizar aulas e trabalhos manuais para se ocupar[1][3].
Um dos detalhes mais perturbadores, segundo reportagens, é que ele continuou recebendo cartas de admiradoras mesmo dentro da prisão, apesar do repúdio generalizado da sociedade[1]. Ainda assim, a maioria dos detentos o via com desprezo absoluto, e inclusive sua sobrevivência diária era descrita como “miserável”[1].
### Fim trágico e debate sobre justiça
A morte de Ian Watkins reacendeu discussões sobre segurança nas prisões britânicas, justiça para vítimas de crimes sexuais e o papel dos meios de comunicação em casos tão sensíveis. A imprensa local afirmou que, mesmo com a gravidade dos crimes, Watkins nunca mostrou remorso verdadeiro: em 2013, após confessar as violações, ele referiu-se aos seus crimes em ligações gravadas como “mega lolz” (uma expressão grosseira de deboche)[3].
O legado do ex-vocalista faz lembrar a polaridade da fama: de astro do rock a símbolo da decadência moral, de admirado por milhares a detestado por milhões. Sua morte, por mais brutal que seja, não apaga o sofrimento das vítimas, mas serve como um capítulo sombrio de uma história que já nasceu marcada pela sombra.
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