A Câmara Municipal de Belo Horizonte viveu um momento decisivo nesta sexta-feira (3 de outubro de 2025) com a votação do Projeto de Lei 60/2025, que propunha a implantação da **Tarifa Zero no transporte público municipal** — um sistema que acabaria com a cobrança de passagem nos ônibus da capital mineira. A proposta, apoiada por grupos ativistas e sustentada por estudos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tinha como objetivo tornar Belo Horizonte a primeira capital do Brasil a adotar a gratuidade total nas linhas de ônibus[1][2].

O projeto foi idealizado para ser financiado por uma **taxa mensal de R$ 168,82 por empregado**, cobrada de empresas com mais de dez funcionários, além de recursos provenientes da publicidade em ônibus e terminais, multas às concessionárias por descumprimento de contrato e recursos do Fundo Municipal de Melhoria da Qualidade e Subsídio ao Transporte Coletivo, criado em 2019[2][3]. O custo estimado para manter a tarifa zero gira em torno de R$ 2 bilhões por ano, valor que substituiria a receita atualmente gerada pelas passagens pagas pelos usuários[2][3].

Entretanto, a proposta enfrentou forte resistência na Câmara. Em votação, o projeto foi **rejeitado por 30 votos contrários contra 10 a favor**, não alcançando o mínimo de 28 votos necessários para aprovação em primeiro turno[3][5]. Vereadores ligados ao prefeito Álvaro Damião (União Brasil) pressionaram contra o projeto, temendo que o custo acabasse recair sobre os cofres públicos municipais, além das preocupações com impactos econômicos e sociais. A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) divulgou um estudo indicando que a aprovação poderia causar a perda de até **55 mil empregos formais** e provocar consequências econômicas negativas significativas, como queda no faturamento das empresas, redução na massa salarial, menor arrecadação de impostos e impacto negativo no PIB municipal[4].

Apesar da derrota, o movimento Tarifa Zero, representado pela vereadora Iza Lourença (PSOL) e seus apoiadores, anunciou que seguirá na luta, convocando manifestações e convocando a população a pressionar os parlamentares. Segundo Iza, “muitas vitórias começam com derrotas” e o grupo acredita que a mobilização popular poderá reverter o quadro nas próximas sessões[5].

A proposta da Tarifa Zero gerou debates intensos sobre o futuro do transporte coletivo em Belo Horizonte, questionando modelos de financiamento e buscando alternativas para garantir acesso universal e sustentável ao serviço, especialmente para pessoas de baixa renda que dependem dos ônibus diariamente.

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