O governo federal dos Estados Unidos entrou em **shutdown** oficialmente à meia-noite de quarta-feira, 1º de outubro de 2025, após impasse no Congresso sobre o orçamento para o novo ano fiscal[1][2]. Sem acordo entre republicanos e democratas para aprovar uma resolução provisória que financie as operações do governo, muitas agências federais tiveram suas atividades paralisadas ou restringidas.
A disputa envolve divergências entre os partidos sobre o financiamento de programas essenciais, especialmente relacionados a cortes no Medicaid e à extensão dos créditos fiscais para o seguro de saúde, um ponto-chave para os democratas que buscam aumentar o número de americanos com cobertura médica. Já os republicanos resistem a mudanças que possam aumentar o déficit federal, defendendo a manutenção dos gastos no nível de 2025 com algumas exceções para programas de saúde e auxílio a veteranos[1][2].
O encerramento temporário das atividades governamentais ocorre em um contexto de tensão política e econômica. Um dos impactos imediatos do shutdown é o possível adiamento de processos judiciais civis que não envolvam segurança pública, devido à redução do funcionamento do Departamento de Justiça; contudo, operações críticas e de segurança continuam em funcionamento[1]. Além disso, o Escritório de Gestão e Orçamento (OMB) já havia orientado agências a se prepararem para possíveis demissões caso o bloqueio se estenda, o que ampliaria a tendência de redução do quadro de funcionários federais, atualmente em cerca de 2,9 milhões[2].
No setor de imigração, o impacto também pode ser moderado devido a medidas recentes como a aprovação da “One Big Beautiful Bill Act”, que garantiu verbas específicas para algumas funções da imigração, tornando os efeitos do shutdown menos severos para essa área em comparação com situações anteriores[3].
Esta paralisação é a 21ª desde o ano fiscal de 1977 e ocorre após uma série de discussões tensas entre os líderes partidários no Capitólio, com vice-presidente e líderes do Senado e da Câmara trocando acusações sobre a responsabilidade pelo impasse[1]. A última paralisação prolongada aconteceu em 2018 e 2019 e durou 35 dias, sendo a mais longa da história americana, afetando milhares de servidores federais e serviços públicos.
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