Nesta terça-feira (9), o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o aguardado julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus do chamado “núcleo 1” da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A sessão teve início às 9h e segue até as 12h, com uma pausa para retorno às 14h até as 19h, conforme cronograma de sessões marcadas pelo presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin[1][3][5].

O caso envolve acusações graves contra Bolsonaro e aliados, incluindo o ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem, os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, além de outros membros próximos que teriam participado do planejamento do chamado “Punhal Verde e Amarelo” — um suposto plano com ações que incluíam o sequestro e até homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Também fazem parte das acusações a elaboração da “minuta do golpe”, documento que previa decretar estado de defesa e de sítio para reverter o resultado das eleições de 2022 e barrar a posse do presidente Lula. Além disso, o grupo é associado aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023[1][5].

O julgamento, que havia iniciado na semana passada com as sustentações da acusação e das defesas, entra agora na fase de votação, que deve ocorrer ao longo desta semana em sessões nos dias 9, 10, 11 e 12 de setembro, inclusive com sessões extras para finalização dos trabalhos[1][3][5]. As audiências são transmitidas ao vivo pela internet, com cobertura detalhada do UOL, possibilitando ao público acompanhar em tempo real todo o desenrolar do processo[3].

Este julgamento tem provocado forte movimentação nas redes sociais, onde o embate entre apoiadores e críticos do ex-presidente é intenso. Segundo análise do instituto Democracia em Xeque, na última semana as manifestações favoráveis à condenação de Bolsonaro superaram em número as postagens em defesa do ex-presidente. Hashtags como #BolsonaroNaCadeia e #SemAnistia dominaram perfis progressistas, enquanto os apoiadores de Bolsonaro usaram termos como #BolsonaroFree e #AnistiaJá para mobilizar seus seguidores[2][4].

O desdobramento deste julgamento é considerado decisivo para o cenário político brasileiro, pois pode consolidar consequências jurídicas graves para Bolsonaro e seus aliados, impactando também as futuras eleições e o equilíbrio institucional do país.

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