Os metroviários do Recife protagonizam nos últimos dias uma intensa mobilização contra o processo de privatização do Metrô do Recife, que vem ganhando grande repercussão na cidade e na Região Metropolitana. Na noite desta quarta-feira (13), durante uma assembleia geral extraordinária realizada na Praça da Greve, na Estação Central do Metrô, a categoria decidiu por unanimidade decretar uma paralisação de 24 horas, que começou às 22h e se estende até as 22h desta quinta-feira (14)[1][3][5].
Este protesto tem como principal motivação a iminente concessão da operação, manutenção e gestão do sistema metroviário à iniciativa privada, processo autorizado em maio pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) do Ministério das Cidades e que deve ser conduzido via licitação pelo BNDES[7]. Os metroviários, organizados pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), temem que a privatização prejudique a qualidade do serviço, acabe com os direitos dos trabalhadores e deixe de lado o investimento público necessário para recuperação e modernização do sistema, que hoje atende cerca de 137 mil passageiros diariamente entre suas 37 estações distribuídas nas linhas Centro, Sul e Diesel[1][3].
Além do protesto, a categoria exige uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em visita oficial ao Recife nesta quinta-feira (14), para que ele cumpra a promessa de campanha de 2022 de manter o Metrô do Recife sob controle público. O presidente do Sindmetro, Luiz Soares, destacou que a privatização não resolverá os problemas existentes e que a saída é investir na requalificação do sistema público[3][5][7]. Caso não haja diálogo ou sinalização de desistência da privatização, a paralisação pode se estender além das 24 horas inicialmente previstas[1][3].
A ausência do funcionamento do metrô impacta diretamente a mobilidade urbana na Região Metropolitana. Com as 37 estações fechadas, cerca de 140 a 180 mil passageiros foram obrigados a buscar alternativas como ônibus e transporte por aplicativo, o que tem provocado superlotação em terminais integrados e atrasos significativos na rotina dos usuários[3][5]. Para amenizar os transtornos, a Prefeitura e o Grande Recife vêm reforçando o sistema de ônibus na região durante o período da greve[3].
O Metrô do Recife, administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) – órgão federal vinculado ao Ministério das Cidades –, é fundamental para a infraestrutura de transporte da capital pernambucana e região, sendo responsável por escoar diariamente uma grande massa de trabalhadores e estudantes. A mobilização dos metroviários também recebeu apoio de diversas entidades sindicais e movimentos sociais locais, incluindo CUT, CTB, CSP-Conlutas e movimentos estudantis, que se unem contra a privatização do sistema[1].
Este é um momento decisivo para os moradores e trabalhadores do Recife que dependem do metrô, pois as decisões tomadas hoje definirão os rumos deste importante modal de transporte nos próximos anos. A luta pelo metrô público sinaliza um debate maior sobre o papel do Estado na oferta de serviços essenciais e a garantia de direitos sociais.
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