O deputado federal Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, tem se destacado como uma figura central na política brasileira, especialmente após sua eleição como presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2025. Com apenas 35 anos, Motta é o mais jovem a ocupar o comando da Casa, conquistando uma vitória expressiva com 444 votos, superando seus concorrentes Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ)[4][6].
Filho e neto de políticos, Motta iniciou sua carreira política aos 21 anos, em 2010, sendo o deputado federal mais jovem do país naquela legislatura. Desde então, tem acumulado experiência e habilidade na articulação política, transitando por momentos cruciais da Câmara, como a presidência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e a CPI da Petrobras[2][4]. Sua base está firmemente ancorada no chamado Centrão, um bloco político que exerce grande influência no Congresso, e que o apoia na presidência da Câmara[2][6].
Nos últimos meses, Hugo Motta esteve no centro de controvérsias envolvendo um motim da oposição que paralisou o Legislativo por quase 30 horas. Parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam a Mesa Diretora do plenário em protesto contra a prisão domiciliar decretada para Bolsonaro e exigiam a pauta da anistia para os condenados pela tentativa de golpe de Estado em 2022, além do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Durante o confronto, Motta reafirmou que a presidência da Câmara é inegociável e que não houve qualquer acordo para a retomada dos trabalhos condicionada à anistia[1][3].
Em resposta à crise, Hugo Motta solicitou o afastamento de cinco deputados federais envolvidos no motim, entre opositores e um parlamentar do PT, aplicando o artigo 10 do Código de Ética da Câmara que prevê punição para condutas que atentem contra o decoro parlamentar[3]. No entanto, aliados e observadores criticaram alguns erros do presidente da Câmara, como a ausência da capital federal em um momento crítico que teria contribuído para a escalada do tumulto, além de uma certa desarticulação na tentativa de conter a rebelião dentro do Legislativo[5].
Apesar dos desafios, Hugo Motta segue consolidando seu nome como um articulador político influente, com crescente aproximação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fator essencial para viabilizar a aprovação de projetos importantes para o governo no Congresso[2][4].
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