## Rainha Tereza de Benguela: Líder, Resistência e Simbolo da Mulher Negra no Brasil

A história do Brasil é marcada por figuras de coragem e resistência, mas poucas são tão emblemáticas quanto Tereza de Benguela. Nascida provavelmente em Angola, por volta de 1700, ela foi escravizada, levada ao Brasil e, após fugir do cativeiro, tornou-se rainha do Quilombo do Piolho (ou Quariterê), nas margens do rio Guaporé, no atual estado de Mato Grosso[1][3].

Após a morte de seu marido, José Piolho, que chefiava o quilombo, Tereza assumiu a liderança da comunidade no início dos anos 1750 e comandou a resistência contra a escravidão por cerca de duas décadas[1][4][6]. Sob seu comando, o quilombo chegou a abrigar cerca de 100 pessoas – 79 negros e 30 indígenas –, constituindo uma das maiores comunidades de resistência ao sistema escravista na região[1][5].

O Quilombo do Piolho não era apenas um refúgio, mas um exemplo de organização social, política e econômica. Tereza estabeleceu um conselho que funcionava como um parlamento, coordenou a defesa com armas adquiridas por troca ou captura, e transformou objetos de ferro usados contra a comunidade em ferramentas de trabalho, utilizando conhecimentos de forjaria[1][5]. A produção agrícola incluía plantações de algodão, milho, feijão, mandioca e banana, e o excedente era comercializado para fora da comunidade. O algodão cultivado era transformado em tecidos em teares próprios, o que garantia renda e autonomia ao grupo[1][5].

Apesar de décadas de resistência, em 1770 o quilombo foi invadido e destruído por uma expedição militar liderada por Luís Pinto de Sousa Coutinho[1][3]. Parte da população foi morta, outros foram capturados, marcados com a letra “F” de fugitivo e devolvidos à escravidão. O destino de Tereza permanece um mistério: para alguns historiadores, ela morreu no ataque; para outros, conseguiu fugir e viveu mais alguns anos em liberdade[1][3][4].

## Legado Atual e Reconhecimento

Mais de dois séculos depois, Tereza de Benguela é reconhecida como símbolo de resistência, liderança feminina e luta pela liberdade. Em 2014, o dia 25 de julho foi instituído como o “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra”, marcando não apenas a memória da rainha quilombola, mas também a luta das mulheres negras contra o racismo e a discriminação no Brasil[1][4]. Sua história inspirou livros, cordéis e pesquisas acadêmicas, além de fortalecer movimentos sociais que buscam resgatar e valorizar a contribuição das mulheres negras na formação do país[1].

Hoje, Tereza de Benguela é celebrada como uma heroína nacional, cuja trajetória desafia silêncios da historiografia oficial e inspira gerações a lutar por igualdade e justiça social. Sua liderança, coragem e ousadia ecoam como exemplo de organização coletiva, criatividade na resistência e força diante da opressão.

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