Um trágico acidente aéreo marcou o início da semana em Bangladesh: um avião militar de treinamento da Força Aérea daquele país caiu sobre o campus da Milestone School and College, localizada no bairro de Uttara, em Daca, capital nacional, causando 19 mortes, incluindo o piloto, e deixando mais de 160 feridos, em sua maioria estudantes que estavam em aulas no momento da queda[1][3][4].
O jato F-7 BGI, uma versão modernizada do avião chinês J-7 adquirido por Bangladesh entre 2011 e 2013, decolou da Base Aérea A.K. Khandaker às 13h06 no horário local, mas logo sofreu uma falha técnica que provocou a queda próxima ao prédio da escola, que tinha dois andares e foi diretamente atingido. Imediatamente após a colisão, a aeronave pegou fogo, intensificando os danos e o sofrimento das vítimas[2][3].
Autoridades militares relataram que o tenente de voo Toukir Islam fez todos os esforços para desviar o avião das áreas mais densamente povoadas, tentando evitar um desastre ainda maior. No entanto, o acidente atingiu diretamente o local onde dezenas de estudantes estavam realizando provas e aulas, muitos com idade entre 12 e 16 anos. Mais de 60 deles foram encaminhados a um hospital especializado em queimaduras, pois sofreram ferimentos graves[3][4].
O governo de Bangladesh decretou luto nacional em respeito às vítimas e determinou bandeiras a meio mastro por todo o país. O chefe do governo interino, Muhammad Yunus, expressou profundo pesar e prometeu rigor na investigação que já está em andamento, comandada por um comitê especial da Força Aérea. Também foi assegurado que todo o apoio necessário às famílias e feridos será providenciado, reforçando o compromisso com transparência e assistência[1][2][3].
Este acidente é um dos mais mortais na história recente da capital Dhaka, que enfrenta desafios relacionados à alta densidade populacional – com cerca de 1.165 habitantes por km² – o que torna mais vulnerável a ocorrência de tragédias em áreas urbanas, principalmente quando se trata de operações militares próximas de centros civis e escolares[2].
A comunidade internacional manifestou solidariedade, incluindo o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que ofereceu suporte médico e condolências ao povo de Bangladesh numa demonstração de empatia diante deste momento difícil[2].
Equipes de resgate continuam vasculhando os escombros e prestando cuidados às centenas de feridos, enquanto psicólogos oferecem suporte emocional às famílias afetadas. O país aguarda o relatório preliminar das causas da falha técnica que provocou o desastre, com a esperança de evitar futuras tragédias similares[2][3].
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