No próximo dia 9 de julho de 2025, o estado de São Paulo comemorará um feriado estadual em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932, um dos maiores movimentos cívicos e históricos da região. Esse feriado, oficial desde 1997, marca a luta paulista contra o governo provisório de Getúlio Vargas, que assumiu o poder em 1930 e adotou medidas centralizadoras, como a dissolução do Congresso Nacional e a nomeação de interventores nos estados.

A Revolução Constitucionalista teve início exatamente em 9 de julho de 1932, quando setores da elite e da sociedade paulista se levantaram exigindo a convocação de uma assembleia constituinte para promulgar uma nova Constituição e a realização de eleições presidenciais. O movimento ganhou força após um episódio trágico em 23 de maio daquele ano, quando a polícia matou quatro estudantes — Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo — durante um protesto. As iniciais desses jovens formaram a sigla MMDC, que até hoje simboliza o movimento e sua memória[1][5].

Esse levante, apesar de ter mobilizado cerca de 100 mil combatentes e durado quase três meses, não conseguiu vencer as tropas federais. Ainda assim, o movimento conseguiu avanços importantes: em 1933, foi eleita uma assembleia constituinte, o Congresso Nacional foi reaberto e uma nova Constituição foi promulgada, atendendo em grande parte às reivindicações dos paulistas[5].

O feriado de 9 de julho é um marco da identidade paulista e é comemorado com interrupção dos serviços públicos no estado. É um momento em que se relembra a importância da luta por direitos constitucionais e pela democracia[5][7].

Para os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no estado de São Paulo, o descanso no feriado é obrigatório, exceto para aqueles que atuam em serviços essenciais. Quem trabalha no dia 9 de julho tem direito a receber remuneração em dobro ou compensação com folga em outro dia, conforme estabelece o artigo 70 da CLT. Empresas podem ajustar escalas por meio de acordos ou convenções coletivas. Funcionários que trabalham em regime de escala 12×36 recebem salário normal se o feriado cair em dia de semana. A comunicação prévia sobre trabalho no feriado, embora não tenha prazo legal mínimo, costuma ser feita com 48 a 72 horas de antecedência para respeitar os direitos dos empregados[3].

Este feriado representa muito mais que uma simples pausa no trabalho: é um momento para refletir sobre a história paulista, a luta por democracia e direitos civis, homenageando aqueles que deram suas vidas por esses ideais.

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